Projeto Genoma
Em 1990, surgiu o Projeto Genoma Humano que tinha a
finalidade de identificar no prazo de até o ano de 2005 cada um dos 100 mil
genes através de um processo chamado mapeamento genético humano.
Esse mapeamento consiste em registrar cada um dos genes do
cromossomo, determinar a ordem dos nucleotídios e sua função. As vantagens
desse trabalho estão no fato da identificação da cura e da causa de muitas
doenças como a obesidade, o diabetes e o hipertensão, o que será de grande
benefício para a humanidade que, até então, não alcançou tal proeza.
Mas por outro lado, existem desvantagem (éticas e morais),
pois o uso indevido do Projeto pode fazer com que as pessoas percam sua
individualidade tornem-se vulneráveis e propícias a um descarte numa entrevista
de trabalho, por exemplo, devido ao fato de que por um simples exame possa-se
detectar uma má reprodução da célula e um futuro câncer, que dificultará sua
admissão no emprego.
O conhecimento do código genético do ser humano pode ofertar
em trunfo a certas pessoas, que poderia se usado de forma indevida resultar não
só em sérios problemas éticos e morais, mas poderia ser responsável pela
dizimação da raça humana.
Conceito
O genoma humano é um conjunto de instruções necessárias para
formar um ser humano. Essas informações estão no DNA, uma longa molécula em
formato de hélice distribuídas em 23 pares de cromossomos, que carregam os
genes compostos por quatro elementos básicos: adenina, timina, citosina, guanina.
O objetivo do projeto genoma humano (pgh) era descobrir como
essas substâncias químicas estão organizadas na longa fita retorcida do DNA;
que começou como uma iniciativa do setor público, no Estados Unidos, onde
obtiveram dados de alta qualidade e precisão, registrando os detalhes das
células humanas, e acabou estendendo-se ao setor privado, que ao contrário do
setor público, juntou-se ao projeto em vista do potencial do lucro que as
pesquisas podem trazer, especialmente para as indústrias farmacêuticas. Em
seguida, vários países , inclusive o Brasil, passaram a participar do projeto
que virou um grande empreendimento internacional.
Atualmente, Já foram mapeados 97% do código genético humano.
Os genes (pedaços de moléculas de DNA) são apenas rascunho ou uma receita tosca
de como se fabrica um ser vivo. Eles contém a matéria e como fazer os tijolos,
as proteínas, mas não todas as instruções de como monta-las de modo que o
resultado final seja um bebe humano saudável.
O genoma é um grupo de cromossomos que podem ser de origem
materna ou paterna. O projeto tem como finalidade decifrar todos os genes da
espécie humana, porém os genes que estão isolados, a ciência faz com que voltem
para os seus lugares e forma uma proteína.
Decifrar o código genético humano, é a ferramenta que deve
acelerar a cura das doenças graves como o câncer.
O genoma nos fornece o potencial para desvendar o mecanismo
básico das doenças, o que poderá permitir o desenvolvimento de tratamentos mais
direcionados.
Como parte desse empreendimento, paralelamente estão sendo
desenvolvidos estudos com outros organismos selecionados, principalmente
microrganismos.
Objetivos e Importância
O Projeto Genoma Humano (PGH) é um empreendimento
internacional, projetado para uma duração de quinze anos. O mesmo teve início
em 1990 com vários objetivos, entre eles identificar e fazer o mapeamento dos
cerca de 80 mil genes que se calculava existirem no DNA das células do corpo
humano; determinar as sequencias dos 3 bilhões de bases químicas que compõe o
DNA humano; armazenar essa informação em bancos de dados, desenvolver
ferramentas eficientes para analisar esse dados e torná-los acessíveis para
novas pesquisas biológicas. Outro objetivo do PGH é descobrir todos os genes na
sequência de DNA e desenvolver meios de usar esta informação no estudo da
Biologia e da Medicina, envolvendo com isso a melhoria e simplificação dos
métodos de diagnósticos de doenças genéticas, otimização das terapêuticas para
essas doenças e prevenção de doenças multifatoriais (doenças causadas por
vários fatores), no que diz respeito a saúde.
Porém, seu objetivo principal é construir uma série de
diagramas descritivos de cada cromossomo humano, com resolução cada vez mais
apuradas mas, para isto é necessário : dividir os cromossomos em fragmentos
menores que possam ser propagados e caracterizados ; e depois ordenar os mesmos
de forma a corresponderem a suas respectivas posições nos cromossomos, ou seja,
fazer o mapeamento.
Segundo Jordan (1993)- pesquisador envolvido no PGH- o
verdadeiro objetivo inicial do PGH não era o sequenciamento muito complexo,
caro e trabalhoso porém, um mapeamento detalhado do genoma, só que, no decorrer
do processo, os progressos tecnológicos foram tão grandes que propiciaram o
sequenciamento mesmo antes do prazo previsto. No entanto, alguns críticos do
PGH argumentam que seus objetivos eram tratar , curar ou prevenir doenças, só
que, para eles, este é um longo caminho e por enquanto seu principal resultado
são as companhias de biotecnologia comercializando kits diagnósticos.
A grande importância do PGH é sua busca pelo melhoramento
humano e a tentativa de tratar, prevenir ou até mesmo curar doenças genéticas
com outras causas de doença (álcool, drogas, pobreza...), considerando-as todas
de origem genética e divulgando que um dia encontremos uma "solução
genética" para estas condições de saúde. Porém devemos lembrar que a
análise genética não é infalível e seus dados são, com frequência, mal
interpretados devido a uma tendência ideológica da qual os pesquisadores participam
quase que inconscientemente. Para o pesquisador Wilke (1994) tamanha ênfase na
constituição genética da humanidade pode nos levar a esquecer que a vida é mais
do que a mera expressão de um programa genético escrito na química do DNA . Ao
mesmo tempo o professor José Roberto Glodim e a bióloga Úrsula Matte na
publicação de um texto pela Internet dizem que "...não devemos atribuir ao
PGH mais importância do que ele realmente pode. Tome-se por exemplo a anemia
falciforme, uma das doenças genéticas mais conhecidas e a primeira a Ter seu
gene identificado. Chama a atenção o atraso das pesquisas e a pouca
participação da genética na melhoria da condição de saúde dos pacientes e o PGH
não vai mudar essa situação a curto prazo, pois o conhecimento de um gene é uma
garantia de avanço terapêutico.
Ética
A informação advinda do projeto deve servir para proteger e
melhorar a saúde - curar ou prevenir doenças.
Porém, além do entusiasmo com os enormes benefícios que
poderão advir das descobertas genética, fica a preocupação com algumas de suas
consequência sociais.
Um dos temores, é que os empregadores passem a exigir teste
de DNA dos seus operários, levando a uma exclusão social por conta apenas de
uma probabilidade, e não de uma certeza de alguma doença; isso levará a uma
criação de um possível novo grupo de trabalhadores desempregados, neste século
da biotecnologia, baseado apenas nos seus genótipos.
Em uma sociedade em que as pessoas podem ser estereotipadas
pelo genótipo, o poder institucional se torna mais absoluto. Ao mesmo tempo, a
divisão da sociedade em indivíduos e grupos "superiores" e
geneticamente "inferiores", surgirá uma nova classe social poderosa.
Para evitar uma possível classe de desempregados descriminados geneticamente,
será preciso fixar limites e impedir que instituições pratiquem a
discriminação.
Outro aspecto preocupante é os da seguradora; uma vez que
elas podem cobrar o chamado agravo em casos de doenças pré-existentes - o que é
assegurado por lei federal - elas usam o testes de DNA como pretexto para
aumentar o valor das contribuições mensais levando em consideração não a
certeza, mas a probabilidade de determinada doenças.
Muitos profissionais da área de saúde preocupam-se com o
fato de que milhões de pessoas possam vir a ser rotuladas por toda vida com os
estigmas de doentes, pelo simples fato de poder apresentar futuramente uma
doença, cuja as consequência se estenderiam muito além da promulgação de
políticas de seguradoras.
Cientitas Brasileiros
O Brasil também participa do Projeto Genoma Humano, apesar
da nossa tecnologia não ser muito avançada estamos investindo muito nesse
projeto. As principais iniciativas tomadas foram a da clonagem dos genes pelo
laboratório da pesquisadora Mayana Zatz; o Projeto Genoma Humano do Câncer este
está em andamento graças a união da Fapesp, Instituto Ludwig, Unicamp, EPM e da
Faculdade de Medicina da USP; Genoma Cana este pode levar o Brasil a liderar a
pesquisa em genoma de plantas, o objetivo deste é desvendar o sequenciamento
genético da cana-de-açúcar, que foi apresentado pelos cientistas da Copersucar
à FAPESP em 1998, e está sendo estudado até hoje e ainda o sequenciamento de
uma praga de lavoura de laranja chamada de Xylella fastidiosa.
O integrantes do Projeto Genoma do Câncer realizado no
Brasil, pretendem identificar os genes associados aos tipos de câncer mais
frequentes no país, para que assim possam facilitar futuramente a cura do
paciente com esta patologia.
A descoberta do sequenciamento genético da praga Xylella
fastidiosa que ataca os laranjais foi o principal motivo que levou o Brasil a
se destacar com Projeto Genoma Humano, os grupos de pesquisa do país pela
primeira vez trabalharam em cooperação, trocando dados em tempo real pela
Internet até decifrar todas as 2,7 milhões de bases nitrogenadas desta praga.
O projeto da praga foi tão bem sucedido, que ganhou o
reconhecimento internacional, sendo capa da revista britânica Nature e da
Science (EUA.). Isto é muito gratificante para o país, pois assim conseguimos provar
que não é por ser de um país subdesenvolvido, e de tecnologia atrasada que não
se pode realizar grandes projetos com êxito.
Biotecnologia
Entende-se por biotecnologia o conjunto de técnicas que
envolvem a manipulação de organismos vivos para a obtenção de produtos
específicos ou modificação de produtos. A biotecnologia também utiliza o DNA em
técnicas de DNA recombinante.
A origem desta palavra é grega: bio = vida; logos =
conhecimento e tecnos = práticas em ciência.
Histórico
A biotecnologia é utilizada desde a antiguidade, na
produção de pães e bebidas fermentadas, porém este era um processo muito
artesanal. Hoje a biotecnologia utiliza técnicas e materiais de ultima geração.
Com o aparecimento deestudos em
microbiologia (fermentação de bebidas) e biologia molecular (cultura de
tecidos), o conhecimento em
manipulação de microorganismos e genes tornou
possível a produção de diversos medicamentos e alimentos industrializados.
Insulina produzida por bactérias geneticamente modificadas e produção de
medicamentos a partir deanticorpos monoclonais
são exemplos de avanços biotecnológicos.
Área de conhecimento
A biotecnologia engloba conhecimento das áreas de
microbiologia, genética, bioquímica, biologia molecular, química e informática.
A introdução da informática ajudou na evolução das técnicas permitindo a
automação, demonstrando que a ciência e a tecnologia , quando trabalham juntas,
trazem muitos benefícios á todos.
Benefícios
Muito do que comemos e utilizamos como medicamentos
são obras da biotecnologia. Segundo a Convenção sobre Diversidade Biológica da
ONU, biotecnologia significa “qualquer aplicação tecnológica que use
sistemas biológicos, organismos vivos ou derivados destes, para fazer ou
modificar produtos ou processos para usos específicos.”
Na agricultura, é utilizada em grande escala a
produção de organismo transgênicos: adição de um gene que codifica uma
característica de interesse no genoma de outra
planta. Este gene pode ser de um fungo, uma bactéria e até de outra planta.
Podemos citar como produtos obtidos através da
biotecnologia:
Agricultura
- Mudas de plantas, plantas transgênicas, adubos e pesticidas;
- Mudas de plantas, plantas transgênicas, adubos e pesticidas;
Alimentação
- Cerveja, vinho, pães e queijos
- Cerveja, vinho, pães e queijos
Indústria
- Metais, enzimas, biosensores, biogás, ácidos, etc.
- Metais, enzimas, biosensores, biogás, ácidos, etc.
Medicamentos
- Insulina, hormônio de crescimento e outros hormônios, antibióticos e vacinas.
- Insulina, hormônio de crescimento e outros hormônios, antibióticos e vacinas.
Meio ambiente
- Puruficação da água, tratamento do esgoto e do lixo.
- Puruficação da água, tratamento do esgoto e do lixo.
Bioética
A bioética é a ética
aplicada a vida e,
abrange temas que vão desde uma simples relação interpessoal até fatores que
interferem na sobrevivência do próprio planeta. Dentro da medicina veterinária,
este termo está intimamente ligado à noção de bem-estar animal.
O termo bioética foi utilizado pela primeira vez no ano de 1970, por um
médico oncologistachamado van Rensselaer Potter.
As principais razões para seu surgimento foram:
- Abusos na utilização de animais e seres humanos em experimentos;
- Surgimento acelerado de novas técnicas
desumanizantes que apresentam questões inéditas, como por exemplo,clonagem de seres humanos;
- Percepção da insuficiência dos referenciais
éticos tradicionais, pois devido ao rápido progresso científico, torna-se
fácil constatar que os códigos de ética ligados a diferentes profissões
não acompanharam o rápido progresso científico, sendo diversas vezes
insuficientes para julgar os temas polêmicos da bioética.
O emprego de descobertas científicas pode, muitas
vezes, afetar positiva ou negativamente a sociedade ou até mesmo o planeta.
Deste modo, a análise das vantagens e
desvantagens do emprego de uma determinada tecnologia ou da realização de
certos experimentos deve ser avaliada por comitês formados por indivíduos de
diversas formações. Sendo assim, pode ser percebido que a bioética envolve
profissionais das seguintes áreas:
- Tecnociências (medicina, veterinária e
biologia);
- Humanidades (filosofia, teologia, psicologia e
antropologia);
- Ciências sociais (economia e sociologia);
- Direito;
- Política.
Os princípios básicos da bioética são
três:
- Autonomia ou princípio da liberdade: ele
se baseia no fato de que na relação médico-paciente, este último possui o
direito de ser informado sobre seu estado de saúde, detalhes do tratamento
a ser prescrito e tem toda a liberdade de decidir se irá ou não se
submeter ao tratamento determinado. Caso o paciente não possa decidir, os
pais ou responsáveis é que tomam a decisão. Em casos de experimentos
conduzidos com seres humanos, os indivíduos submetidos aos testes devem receber
detalhes dos procedimentos a serem adotados e dar uma autorização, por
escrito, de que deseja participar da pesquisa. Na
medicina veterinária, como o animal não pode tomar essa decisão, cabe ao
médico veterinário fornecer todas as informações sobre o animal e
possíveis tratamentos e obter a autorização do proprietário para a
realização dos procedimentos.
- Beneficência ou princípio da não-maleficência: toda
e qualquer tecnologia deve trazer benefícios para a sociedade e jamais
causar-lhe malefícios. É fato nos dias de hoje, que a bioética está mais
relacionada aos seres humanos do que aos animais, pois a maior parte dos
experimentos existentes visa beneficiar o homem e não os animais.
- Justiça distributiva: os
avanços técnico-científicos devem beneficiar a sociedade como um todo e
não apenas alguns grupos privilegiados.
A bioética divide-se em dimensões, também
conhecidas
como grandes áreas de estudo da bioética, que são:
- Dimensão pessoal: estuda
a relação entre os profissionais responsáveis e seus pacientes. A
liberdade do indivíduo ou responsável pelo indivíduo deve ser respeitada;
- Dimensão social, econômica e política: tem
como objetivo estabelecer critérios para que seja determinada a alocação e
distribuição de recursos, bem como tentar reduzir as diferenças econômicas
e sociais dentro de um país ou entre países. Dentre os diferentes assuntos
que são abordados nessa área da bioética, destacam-se: alocação de
recursos financeiros; patentes; desequilíbrio entre países ricos e pobres
e fome;
- Dimensões ecológicas: os
principais temas que fazem parte da pauta de discussão da bioética no
campo da ecologia são proteção ao meio ambiente, exploração dos recursos
naturais, desertificação, poluição, extinção de
espécies, equilíbrio ecológico,
utilização de animais e plantas em condições éticas, proteção da qualidade
de vida dos animais, desequilíbrio entre países ricos e pobres, problemas
nucleares e proteção da biodiversidade;
- Dimensão pedagógica:
trata-se da discussão de alternativas que visem uma melhora no ensino e
aprendizagem nas instituições;
- Dimensões biológicas ou bioética especial:
dentro deste grupo da bioética, destacamos o começo da vida, o diagnóstico
pré-natal, o abortamento provocado, a reanimação do recém-nascido, a engenharia genética e
organismos geneticamente modificados, terapia gênica, eugenia, reprodução medicamental assistida, clonagem,transplante de órgãos, experimentação
animal e em humanos, eutanásia e distanásia.
A importância das discussões em bioética, em razão
do seu caráter transdisciplinar, é fazer com que a ciência não utilize
indiscriminadamente as novas tecnologias logo que se tornem viáveis, mas
somente apenas após possuir o conhecimento e a sabedoria suficientes para
utilizá-las em benefício da humanidade e não em seu detrimento. Nesse sentido,
a bioética permitirá que a sociedade decida sobre as tecnologias que lhe
convêm.
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